sexta-feira, 4 de março de 2011

O fascínio da descoberta

“Mulheres da minha idade não têm nada para me ensinar, prefiro as mais velhas”, estas são palavras de um jovem amigo meu de 18 anos, é bem verdade que esse pensamento é partilhado por muitos jovens hoje em dia, principalmente pelas raparigas. Seria normal vermos pessoas da mesma faixa etária se relaccionando, entre colegas de escola por exemplo, mas isto está se tornando cada vez mais raro, não que eu seja contra relacionamentos entre pessoas de idades diferentes, o que me preocupa é o porquê desta preferência dos jovens de hoje. 

Vamos então analisar o porquê, a resposta mais encontrada é mais ou menos esta que citei no paragrafo acima “pessoas da minha idade não têm nada para me ensinar”, quase nunca a resposta é o amor, normalmente estes relacionamentos costumam ser "intereceiros". Sinceramente isto me entristece, pois para mim “há mais fascínio em descobrir do que em aprender” e um relacionamento amoroso não foge a regra. É útil lembrar que essas “lições” que se aprendem nestes relacionamentos muitas vezes são negativas e violentas, acabam por contaminar a nós, já que estamos alí para aprender, a partir daí o mundo para nós passa também a ser negativo e violento, pois foi isso que aprendemos.

Descobrir é achar, é aclarar, é explorar o desconhecido e siceramente não sei como alguém prefere "aprender" do que descobrir. Nunca niguém conseguirá parceber a alegria que envolveu a alma de Arquimedes quando descobriu uma nova fórmula para achar o volume e saiu do banho correndo nu pelas ruas gritando Eureka! Descobrir é hilariante. Ora vejamos mais um caso, Isaac Newton criou inúmeras teorias, fruto das várias descobertas por ele feitas, posso crêr que ele se encantou em cada descoberta, em cada coisa nova que descobria explorando o mundo e o que nele há, agora para nós, que somos obrigados a aprender suas teorias não é tão hilariante assim, para falar a verdade chega até a ser aborrecido por vezes.

Eu não trocaria um romance a moda antiga por nada, aquele leve toque de inocência, aquele bem querer pela pessoa amada, aquele sentimento puro que não nos deixa pensar em mais nada, não dispensaria um romance de descobertas, onde experimentamos novas emoções e conhecemos novos sentimentos, não só descobrimos a nós mesmos mas acima de tudo ao nosso par. Não compreendo esses namoros frios de hoje, onde o sim ou o não dependem do que o pretendente pode ou não oferecer, onde o alfa e o ômega se resume no sexo e fora dele não há mais conversa, não há mais entendimento, não há relacionamento algum. Por esses termos, não pode existir fidelidade, amizade, companherismo, enfim, não pode haver amor. Um relacionamento como esse é mesmo coisa para aprender, aprender a fingir, a mentir e a trair, já o amor, ai o amor! não é algo apenas para aprender, é para viver, para explorar, enfim, é algo para descobrir! 

Infelizmente esse belo sentimento, acessível a todos, é desconhecido por muitos ou pior ainda, é desvalorizado por muitos. Quantas vezes ouvimos alguém dizer “amor não enche barriga”, estas palavras limitam o amor, mas o amor não tem limites, o amor é Deus e enche muito mais que "barriga", enche o corpo, a alma e o espírito, nos faz pessoas melhores, faz-nos ver a vida de uma perspectiva muito mais “colorida”.

É importante frisar, que na descoberta também se aprende e tudo acontece de maneira clara, bonita e pacífica, sem ser preciso forçar nada e o mais importante: no tempo certo.


Para terminar, gostaria de deixar um conselho aos jovens, principalmente para aqueles que estão entrando para um relacionamento, pare, pense e pergunte a você mesmo “porquê?”, não entre numa relação apenas para não ficar sozinho, ou para passar o tempo, muito menos por interesse. Não invente, mas descubra o amor e acima de tudo sê feliz, pois nunca é tarde para ser feliz, para explorar e viver coisas novas, nunca é tarde para viver um grande amor. E lembre-se de que “há mais fascínio em descobrir do que aprender”.

2 comentários:

  1. Olá Mauro. Voce é um jovem muito sensato e perpiscaz. E muito lúcido e maduro quanto as suas opiniões e convicções. Na minha opinião, no amor, tanto o aprendizado quanto a descoberta são interessantes. Por isso não acho que deva haver questionamento quanto a idade dos parceiros. É mais uma questão de opção, ou até mesmo de oportunidade. O que importa é que haja amor e afinidade no relacionamento. Parabéns pelo texto. Um abraço e obrigado pelo comentario ao meu texto ATÉ PARECE QUE É AMOR. Bom dia!

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  2. É isso que eu defendo. O que me deixa triste são os motivos "fúteis" pelos quais a pessoas se guiam hoje em dia para escolher parceiros...

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